Bando preso fraudava contas pela internet
Uma ´quadrilha virtual´ de estelionatários começou a ser desarticulada, ontem, pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). O grupo passou a ser investigado após o aumento no número de denúncias de correntistas com relação a transferências de valores fraudulentos em suas contas. Dois integrantes de uma das ramificações do bando de ´hackers´ (fraudadores da internet) acabaram presos pelos inspetores da DDF, no momento em que se comunicavam no computador, sobre as últimas transações bancárias ilegais.
O complexo golpe era realizado em várias etapas. Inicialmente, em um site de relacionamentos da internet, denominado de ´Faculdade Hacker´, os estelionatários aprendiam as ´lições´ sobre as fraudes e recebiam orientações de como deviam agir. O primeiro passo dos golpistas era obter cartões bancários legalizados e suas respectivas senhas. Para isso, alugavam cartões e pagavam R$ 100,00 para os proprietários das contas.
Em seguida, segundo a Polícia, repassavam os números desse cartões para o chefe da quadrilha. Por sua vez, o ´cabeça´ do bando fazia a transferência on line fraudulenta para os cartões alugados. As quantias não poderiam ultrapassar R$ 1 mil, para que as operações não precisassem de autorização.
Os intermediários recebiam R$ 200,00 por cada transação e o restante do dinheiro ia para a conta do chefe da quadrilha. Todas as operações eram feitas pela internet, em lan houses, o que dificultava o trabalho da Polícia. E foi exatamente em duas lan houses, situadas na Aldeota, que o estudante Valter Vieira de Sousa e o comerciante Adriano Feitosa de Sales, ambos de 26 anos, acabaram presos pelos inspetores da DDF.
Usando codinomes, Valter se intitulava de ´Euker´ e Adriano usava o apelido de ´Rock´, eles conversavam animadamente em um programa de conversas instantâneas. No meio do bate papo, comemoravam a aquisição de novas contas da Caixa Econômica Federal.
Antecedentes
A Polícia obteve nas investigações trechos das conversas, onde eles denominam os cartões da caixa, de ´CEF´, e do Banco do Brasil, de ´BB ´. Valter, que já tem antecedentes por roubo, confessou os golpes. Adriano negou tudo ao depor.